domingo, janeiro 14, 2007

:: Descanso Merecido


Pessoal!
Depois de tantos desafios o semestre está concluído. Aproveitem o merecido descanso, embora saiba que para muitos o corre corre continua.
Parabéns e um abraço a tod@s!
Mara N Silva



quarta-feira, janeiro 10, 2007


SEMANA 1a -TICS
Desafio2


Ficaram dispostos em 2 blocos de 5 computadores,sendo que um bloco fica virado pra parede de um lado, e os outros virados também para a outra parede;ficando os alunos de costas uns para os outros.
Na perspectiva epistemológica tanto a disposição dos computadores, como na forma de trabalhar teria algumas considerações a fazer: A disposição dos computadores não favorece o intercambio, a troca, a interelação e interação entre os alunos. O ponto positivo que observei é que os alunos trabalham em duplas e trias.
De nada adianta trabalhar com uma tecnologia moderna, de maneira tão tradicional, não propiciando que os alunos convivem,troquem e construam primeiramente suas aprendizagens com seus colegas de turma, onde convivem com a mesma realidade.
Esta sala já esteve disposta de forma diferente, em formato de U, onde os alunos se enxergavam, e onde tinha um espaço bom para circulação. Quando houve a Feira de Ciências na escola, os computadores foram remanejados para os estandes e na volta, sem consultar os usuários, houve a troca por parte da professora do LABIN.
Sinceramente nem pensei na parte pedagógica, pensando nos gastos da instalação, perguntei do por que da troca. A professora de informática respondeu: ?Assim eu posso controlar todos eles...?
Então, embora que no PPP da escola nas séries iniciais aponte-se para uma pedagogia sócio-interacionista, na prática, ainda falta bastante para integrar todas as ações pedagógicas da escola.
Na 5ª a 8ª série o PPP aponta para uma metodologia bem tradicional. Até no referencial teórico. Mas acredito que poderíamos trabalhar com projetos, agrupando alunos, conforme suas preferências. De maneira mais sistemática, utilizando o computador como ferramenta.
Na Educação Especial a professora de classe é que acompanha os alunos. Estes acessam o paint e jogos,como os demais colegas do ensino regular.Nas séries finais os adolescentes surdos usam inclusive o MSN, o que todos gostariam de fazer,e só é permitido para eles, para superar os problemas na comunicação.

Marcadores:



:: DESIGUALDADES EDUCACIONAIS NO BRASIL


Grupo B: Fabiana, Elizeti Borges, Loiva, Gizelda, Elenice Magnus e Josiqueli.

Os autores trazem uma leitura bem clara da realidade da educação no Brasil e sua desigualdade. Especialmente o disparate entre as redes públicas e privadas.
Temos no país uma escola para a elite e outra para as classes populares. Onde a rede pública acolhe a grande maioria dos alunos vindos das classes populares.
Com as últimas políticas públicas educacionais adotadas podemos perceber a garantia de acesso da maioria das crianças a escola, mas ainda não percebemos mudanças na qualidade desse ensino. Vemos isso no elevado número de reprovações e evasões no ensino fundamental, na defasagem idade/série que desencadeia um afunilamento nas séries finais.
Por que isso vem acontecendo no ensino público?
Concluimos que temos políticas públicas populistas, democratizadas somente na acessibilidade e não na qualidade, com práticas de uma educação bancária, preocupada com a certificação.


:: Aprimoramento da ESC 9:



Componentes do Grupo B: Elizete, Elenice Magnus, Fabiana, Giselda, Josiqueli, Loiva.

Marx e Engels não se deteram em escrever algo diretamente à educação, e a maioria dos sociólogos não aceitam totalmente a perspectiva de Marx, mas sua obra incentivou pesquisas, debates e novas linhas de análise.
A intenção de Marx não era apenas contribuir com a ciência, mas propor
uma transformação político e social, onde a vida social é determinada pela economia, ou melhor, condicionada pela relação de produção, isto é, poder econômico x trabalho. Na classe econômica havia basicamente duas posições possíveis para cada pessoa: proprietário ou trabalhador. Para Marx, a posse dos meios de produção proporciona muitos benefícios, especialmente poder sobre os outros. Economicamente, o capitalismo alienou, separou o trabalhador dos seus meios de produção produzindo as desigualdades sociais.
A necessidade do ser vivo é comer e beber, mas o homem transforma a natureza, transcende para a liberdade numa ação dirigida por um projeto, existindo uma ação pelo pensamento e isso é construído pelo homem à medida que constrói a sua própria humanidade.
O trabalho estabelece a relação dialética entre a teoria e prática, pela qual uma não pode existir sem a outra: o projeto orienta a ação e esta altera o projeto, que de novo altera a ação, fazendo com que haja mudança dos procedimentos empregados, o que gera o processo histórico.
O trabalho se realiza como uma atividade coletiva, o homem em comunhão com os outros, no trabalho o ele se autoproduz, desenvolve habilidades e imaginação aprende a conhecer as formas da natureza e a desafiá-las, conhece as próprias forças e limitações. Portanto o trabalho transforma o próprio homem, altera a visão que ele tem o mundo e de si próprio. Então, a liberdade não é algo que é dado ao homem, mas o resultado de sua ação transformadora sobre o mundo.
Para Hegel o trabalho surge como uma liberdade reconquistada em que o trabalhador aprende a vencer a natureza, recuperando a liberdade onde proprietário descobre-se como dependente do trabalhador. Marx retoma de forma crítica dizendo que o objeto produzido pelo trabalho surje como um ser estranho ao produtor, não mais lhe pertencendo, é o fenômeno da alienação.
Mas não é apenas o produto que deixa de lhe pertencer, ele próprio abandona o centro de si mesmo, não escolhe o salário, não escolhe o horário nem o ritmo do trabalho e passa a ser comandado de fora, por forças estranhas a ele, e isto Marx chama de fetichismo da mercadoria em que a mercadoria adquire valor superior ao homem, pois privilegiam-se as relações entre coisas. Em conseqüência a humanização da mercadoria leva a desumanização do homem.
Politicamente o homem também se tornou alienado, pois o Estado representa e age conforme os interesses da classe dominante. Marx dizia que a divisão social do trabalho também fez com que a filosofia se tornasse a atividade de um determinado grupo, vindo refletir o pensamento de um grupo, cumprindo o papel de reproduzir ideologicamente o que é vigente(sabemos que o pensamento filosófico deveria diminuir a distância entre o que dizemos e o que somos) . Essa parcialidade e o fato de que o Estado se torna legítimo a partir dessas reflexões parciais vem reforçar que isto resulta na alienação do homem em que ele passa a ser dominado.
E a dominação nega a condição humana, toda vez que houver a renúncia de uma relação horizontal com meu semelhante, relação de domínio, nego nele a condição de homem, reduzindo-o a mera natureza., e o capitalismo gerou esta dominação.
Então, Marx diz que o homem só pode recuperar sua condição de humano através da critica radical ao sistema econômico, à política que o excluíram da participação social. O conhecimento para ele é um processo dialético entendendo a realidade como contraditória e em constante transformação. Construindo assim uma negação ao capitalismo, organizando uma revolução com base critica ao capitalismo, chegando ao comunismo.
Portanto, seguindo esta linha de pensamento a educação só pode dar-se mediante um processo pedagógico, necessariamente dialógico, não dominador, que garanta a condição de sujeito tanto do professor como do aluno.





terça-feira, janeiro 09, 2007

:: ECS 11 - Grupo A


A Educação e A Sociedade

O autor faz uma síntese histórica da educação no Brasil, e constatamos que a educação publica (ou estatal?) foi criada ainda no tempo do império em 1824, há mais de dois séculos e ainda não conseguimos evoluir o suficiente para resolver nossas demandas mais básicas. Por que será?
A escola de fato reproduz as desigualdades dadas pela origem social dos alunos. Mas provam também que a qualidade da educação pode fazer diferença: famílias mais integradas na escola, bibliotecas melhor equipadas, projetos pedagógicos coerentes e cotidianos de sala de aula organizados produzem melhores resultados em termos de aprendizagem. Certamente, escolas assim também podem produzir relações humanas de mais qualidade e, quem sabe, cidadãos com um sentido de justiça mais rigoroso para enfrentar a sociedade atual.
Pois como falou Paulo Freire ?A educação sozinha não transforma a sociedade, mas sem ela, a sociedade não muda?.
Para resgatar as classes desfavorecidas do seu destino e corrigir a desigualdade destas escolas, precisa de fortes investimentos, de políticas públicas, reinserção social e qualidade profissional, pois para a maioria dos alunos, é a única oportunidade para ter uma vida mais digna. A educação transforma-se em carro-chefe nas campanhas de candidatos. Os governantes estaduais e municipais, com bom desempenho na educação, aumentaram suas chances de serem re-eleitos.
A qualidade em todos os níveis ainda é muito deficiente.. Um primeiro grau sério e de qualidade é a meta mais importante e ainda longe de ser atingida, sobretudo nos municípios mais pobres.
Falta equacionar e implementar as carreiras docentes e as fórmulas administrativas para preparar professores. Como não se faz bom ensino sem bons professores, esse hoje é o calcanhar de Aquiles do ensino fundamental e médio.
O brasileiro aprendeu que educação é importante, sem educação não há bons empregos. E se recusa a abandonar a escola, apesar de acumular reprovações e aprender pouco. Os que terminam o primeiro grau acumularam duas repetências. Outros que a abandonaram no passado, voltam em massa. Faz barulho e reclama. Mas precisa aprender a reclamar melhor, com mais conhecimento de causa, mais persistência e mais competência. Educação sempre foi, é e será um assunto político (exceto nas ditaduras).
Se desejarmos uma sociedade com menos desigualdades, não basta defendermos genericamente a ampliação do acesso a níveis cada vez mais altos de educação. Numa sociedade campeã de desigualdade como a brasileira, precisamos de políticas educacionais decididamente orientadas para esse problema. Os esforços devem ser para promover as condições de freqüência e aproveitamento da educação escolar para os grupos mais vulneráveis.
Resolver isto é incumbência do Estado Brasileiro, do MEC e de toda sociedade brasileira, além dos profissionais desta área.

Josiana Lippert Morais
Maria de Lurdes
Cristiane Sebastião Scheffer
Jucimara J. Scheffer Medeiros
Joseide Justim
Marli Joaquim da Silva



segunda-feira, janeiro 08, 2007

:: ECS 9 - Revisão - Grupo F


Grupo F: Andreia Borges, Carine e Patrícia Barbosa

Educação, formação e trabalho

Marx e Engels não se deteram em escrever algo diretamente à educação. Percebemos que as suas preocupações se deteram diretamente numa orientação política, pois suas preocupações eram de natureza político social. Para eles a vida social é determinada pela economia, ou melhor, condicionada pela relação de produção, isto é, poder econômico x trabalho. Percebem que o capitalismo é que produz as desigualdades sociais. Os proprietários e não proprietários. As classes sociais se contrapõem entre si. Uma dominante, ao deter a propriedade dos meios de produção material, controla os meios de produção mental, impondo deste modo as idéias. Quando surgiu a industrialização, as diferenças sociais marcaram essa época, pois o trabalho era segmentado, ou seja, cada trabalhador tinha uma função específica e individualista. A mão de obra era exercida de forma mecanizada, onde quem detinha, de certa forma, o saber dominava o ?mecanizado?, essa divisão do trabalho, que separa o pensar do agir, gera a alienação do mesmo, tendo suas implicações nas relações de poder. Nesta sociedade o indivíduo perde a capacidade de se ver como um ser humano em sua plenitude, possibilitando mais facilmente a alienação, a conformidade. Vivem de definições parciais, provisórias, generalizando-as como verdadeiras. No trabalho o homem se exterioriza, se expressa, cria e recria, portanto a produção de idéias, de representação, da criatividade estão diretamente entrelaçados com a atividade material. Na sociedade capitalista o trabalho é lugar que aliena o homem em si, pois transforma este em mercadoria, que vende sua força de trabalho. Marx mostra que todas as formas de pensamento e de representação dependem diretamente das relações de produção e de trabalho. Percebe-se a preocupação de Marx e Engels quanto a essa situação, eles procuravam, de determinada forma, levar a sociedade a refletir, num pensar dialético, na ação-reflexão-ação chegariam a uma consciência crítica, livrando-se assim da alienação intelectual e material. Sugerem a abolição da propriedade privada que propiciará a "emancipação total de todos os sentidos e qualidades humanas" o ter é o sentido que a sociedade capitalista evidencia. Os autores nos levam a refletir sobre sua teoria na educação, permitindo a relação do contexto social com a escola. Ou seja, vemos na escola de hoje muitas atividades mecanizadas, onde o aluno não precisa pensar, não se desenvolvendo plenamente como os operários das fábricas que não precisavam refletir/elaborar sua ação, apenas repetiam sempre a mesma coisa. Observamos também, que muitas vezes, o professor acredita que detem o saber, tendo o aluno como seu "operário", não permitindo que ele evolua para que possa se "libertar" dessa sociedade fragmentada/capitalista.
Questões:
1) Como você vê a teoria de Marx e Engels na sua escola?
2) O que você pensa sobre a teoria citada?
3) Cite um exemplo de um trabalho que você tenha desenvolvido com seus alunos ou que você como aluno tenha realizado que retrata a situação apresentada por Marx de \"mecanizada\" onde não se faz necessário a reflexão para efetuar a ação.


:: ECS 11


Desigualdades Educativas no Brasil:Entre Estado, Privatização e Descentralização
No Brasil a escola constitui um produto social desigualmente distribuído. O ensino é precário, principalmente nas comunidades de difícil acesso, e muitas vezes essa falta de qualidade no ensino é decorrente de seus próprios autores: alunos, docentes, administradores...Nós pensamos que não é somente estes fatores que influenciam numa defasagem na educação, e sim outros fatores como: distribuição de renda desigualitária no país, deficiência na formação de profissionais na área da educação, entre diversos outros... Percebemos grandes diferenças existentes na estrutura da educação em vários estados, tanto nas escolas públicas quanto particulares, pois vivemos em uma política de educação voltada para os interesses religiosos e/ou econômicos e não voltados para uma educação que liberta o ser humano. As desigualdades socias contribuem muito para isso, muitas pessoas apesar de terem direito à educação, por exemplo, não conseguem estudar devido ao afastamento de suas moradias até as entidades educacionais.Tivemos a oportunidade de refletir sobre as desigualdades educativas existentes em nosso país e constatar que o sistema educativo é característico de cada região, apesar disto a qualidade do ensino nas escolas particulares é considerado superior às escolas públicas, situação essa que almejamos um dia ser modificada pelas iniciativas governamentais.É interessante ressaltarmos a seguinte parte do texto: \ ?O sistema educativo brasileiro progrediu muito nessas últimas décadas. Um aumento sensível das taxas de escolarização em todos os níveis de ensino (inclusive pré-escolar) e uma baixa constante das taxas de analfabetismo pode ser claramente verificado. Assim, este último baixou de 39,5% em 1960 para 20,1% em 1991 (Guimarães, 1998). No plano quantitativo e global, a situação educativa brasileira compara-se à que prevalece em outros países em desenvolvimento, mesmo se o Brasil tende a ter melhores resultados no plano econômico. \? Diante deste fato, nosso país vem progredindo. Assim vamos melhorando cada vez mais os níveis de ensino e nossas escolas vem aumentando o índice de alfabetização.Vivemos numa política educacional que apenas visa o trabalho e não a formação do ser humano na sua totalidade em todos os sentidos.(...), o mercado da educação cria, hoje em dia muitas pessoas ricas no Brasil. (...)A qualidade do ensino hoje está muito desigualitária e injusta no Brasil. Prova disso é que para um indivíduo passar na universidade federal em um curso bem disputado, como por exemplo, Odontologia, se cursou em escola pública é pouco provável que o mesmo preste vestibular sem antes fazer um cursinho particular. Pois este concorrerá com aqueles que cursaram em escolas particulares onde existe um investimento maior nos conteúdos curriculares. Infelizmente nas faculdades federais encontramos em sua maioria, alunos de poder aquisitivo favorável onde darão continuidade a excelente profissão de seus antepassados, e o poder da hierarquia continua...Realmente tais situações nos deixam um pouco desapontadas, todos nós sabemos que entra ano e sai ano, pouco se faz por uma educação igualitária, onde os alunos têm direitos a uma educação justa, sem preconceitos e descriminação. Parece que as leis realmente funcionam, mas no \ ?papel\", pois num país que se fala tanto em educação como no Brasil, e pouco se faz por ela, é triste saber que existem professores que não possuem formação pedagógica, nem tampouco o ensino fundamental e isso prejudica a qualidade de ensino de algumas redes públicas, que contam apenas com a boa vontade de seus professores.
Grupo E
COMPONENTES: Simone Lentz, Simone Lumertz, Catiane, Cristiane Mengue, Cristiana Selau, Renata, Cleide, Rosimeri, Shirley.


:: ECS 11 - Grupos F e C


Componentes:
Andreia Borges
Carine Linhares
Patricia Barbosa
Elenice Hahn
Tânea Mengue
Desigualdades educativas estruturais no Brasil: entre Estado, Privatização e Descentralização
O texto estudado nos mostra as grandes diferenças da educação no Brasil.
O descaso de nossos governantes com esse campo tão importante na sociedade fica evidente. Pode-se perceber que os salários dos profissionais da educação variam de acordo com a escolaridade da região. Em regiões como o Nordeste há professores em sala de aula que não possuem o mínimo de qualificação necessária para o desempenho de sua função o que pode resultar numa má qualidade no ensino.
A rede privada de ensino cresceu muito nos últimos anos e vêm apresentando resultados bem mais significativos na educação básica que nas escola públicas.
Atualmente há muita desigualdade na rede de ensino, consideremos as redes de ensino pública e privada em seus diferentes âmbitos: as escolas da rede pública são administradas pelos governos federal, estadual ou municipal. Na rede privada de ensino há as escolas com e sem fins lucrativos.
Realmente o que acontece no Brasil é como uma bola de neve!Professores mal remunerados não se sentem estimulados a qualificar-se e não qualificados passam a oferecer uma educação de pouca qualidade refletindo assim na sociedade uma vez que esta é reflexo da escola e vice-versa.
Um absurdo que acontece muito, é o grande número de alunos de classe alta e média que frequentam as Universidades Federais em contraste com a pequena participação de alunos de classe baixa, sendo que 60% dos investimentos federais em educação são destinados às universidades (Tarumann, 1999). Esses alunos provenientes da elite conseguem ingressar nas Universidades graças ao privilégio que têm de estudarem em escolas privadas. Principalmente durante o ensino médio, onde há um maior investimento na qualidade de seu ensino.
Apesar de o governo federal gastar 60% de seus recursos com o ensino superior, 20% dos professores do ensino fundamental vivem com menos de dois salários mínimos (Tarumann, 1999).
Complementando os absurdos que ocorrem no ensino, citamos um forte contraste entre a rede privada e a pública:
Em 1996 o ensino público fundamental acolheu 88% do total de alunos, enquanto que o privado recebeu apenas 12%. No que diz respeito ao ensino médio, as escolas públicas receberam 79,5% do total de alunos e as escolas privadas apenas 20,5% desse total (INEP, 1996). Mas o absurdo mesmo é saber que os alunos que pertencem à classe dominante, que podem pagar o seu ensino básico, são a maioria nas universidades federais. A porcentagem de alunos que ingressam nas universidades federais e estudaram em escolas da rede privada é de 80% nos cursos mais concorridos (Lima, 1999). Ou seja, quem pode pagar um ensino de mais qualidade durante sua formação básica, ou até mesmo apenas na fase secundária (ensino médio), garante sua chance de estudar em Universidades Públicas, estas sim de melhor qualidade que as privadas. No ensino superior acontecem inversões de papéis entre as redes de ensino.
A desigualdade no nosso país é alarmante , é um despautério, resumindo, quem tem dinheiro paga uma escola particular para assim poder passar no vestibular e cursar uma faculdade federal ou estadual e quem não tem dinheiro estuda em escola pública e depois tem que ?ralar? muito para pagar um ensino superior em uma faculdade particular. Se faz muito necessário políticas educacionais que venham sanar problemas como esse, ensino público não pode ser sinônimo de má qualidade.
Essa realidade precisa ser urgentemente mudada!!!!!



domingo, janeiro 07, 2007

:: ECS-9-REVISADA



ECS 9 Letra H
(Grupo Alternativo _ Arroio do Sal)

Componentes:
Mara Braum

Márcia Guerreiro
Maria do Carmo Dewes
Stela Maris Dias

TEXTO FINAL REVISADO

TEXTOS SOBRE EDUCAÇÃO E ENSINO.
Marx e Engels. Páginas 79 a 99. Letra H

Marx e Engels nunca escreveram algo dedicado à educação e ao ensino. Isso não quer dizer que suas opiniões sejam desprezadas do ponto de vista teórico. Suas afirmações não perdem de vista a generalidade, tanto do seu pensamento quanto da circunstância histórica. Suas afirmações sobre educação e ensino servirão para eventual debate sobre um sistema de ensino distinto, capaz de vislumbrar um horizonte onde as relações de dominação tenham desaparecido. Estabelecido o capitalismo no séc. XIX como modo de produção, a educação e o ensino passam para primeiro plano. Deixando de atender as necessidades sociais e educacionais, nesse modo de produção capitalista, se faz necessário que os pensadores se unam para chamar a atenção do mundo para este ponto. Marx e Engels atacam duramente esse sistema, pois o ensino é entendido como uma qualificação da força de trabalho, possibilitando assim o ajuste e a integração dos indivíduos ao sistema dominante, criando e consolidando a alienação do indivíduo como um fato natural. Está claro que a relação entre a divisão do trabalho e a educação é uma articulação profunda que explica com clareza os processos educativos e manifesta os pontos em que se faz necessário uma transformação, permitindo assim, a emancipação social e humana. Marx e Engels demonstram conhecimento do que estão denunciando, propondo uma série de transformações a curto, médio e longo prazo. O desenvolvimento da revolução industrial e o triunfo do liberalismo transformaram o aparato escolar. A educação dominante não foi mais suficiente a partir daí. O ensino passou a depender do Estado, pois era uma necessidade social do cidadão de fato. Porém, só foi obtido pela pressão do movimento operário que reivindicava uma igualdade efetiva de todos e muito lentamente.
As opiniões de Marx e Engels não constituem um sistema pedagógico, mas estabelecem um marco e abrem vias para a construção desse sistema.


O Ensino e a Educação da classe trabalhadora

Esse texto refere-se a cartas enviadas e critica as escolas européias.
A oferta que o Estado fazia de educação aos trabalhadores era de uma educação prática. Educando-os para o trabalho em substituição do trabalho escolar, querendo com isso neutralizar as idéias religiosas que moviam a Inglaterra à época. Criticavam o ensino moral das escolas, que era mesclado com a religião, sendo essa educação moral tão ineficaz quanto à religião. E as escolas, em nada ou quase nada, contribuíam para a moralidade da classe trabalhadora.
Aqui se encaixa claramente a influência da educação brasileira nos anos 60-70, com a introdução da educação tecnicista, centrada na racionalidade, eficiência e produtividade, sustentando a reprodução do capitalismo.
O Estado inglês defendia a educação profissional universal, pois a formação intelectual influenciaria diretamente os salários!Concluíam, assim, que a burguesia não tinha os meios nem a vontade política de oferecer ao povo trabalhador uma educação verdadeira: a educação técnica era só uma aparência e a escola profissionalizante era somente um centro de reeducação. Com isso, podiam privar os pobres do acesso ao ensino superior, criando assim atritos com a classe estudantil que se organizou e protestaram energicamente, em assembléias e nas ruas. Essas manifestações culminaram com universidades fechadas, estudantes presos e/ou exilados, criação de sociedades secretas e organização de círculos administrativos oportunizando as discussões políticas e sociais.
Então, as idéias marxistas chegam até o Brasil com Paulo Freire, na década de 60. Preocupado em inserir o trabalhador numa educação que os remetesse ao mesmo tempo a uma escola que permitisse emancipação, participação e busca por uma vida melhor, mais igualitária para todos, e não somente aos burgueses dominantes, Paulo Freire introduz os Círculos de Cultura, proporcionando um encontro entre os sujeitos de saberes. Esses círculos eram espaços de aprendizagem coletiva, comprometendo o sujeito a uma mudança coletiva.

Na Inglaterra, os operários das minas de carvão reivindicavam a criação de uma lei que obrigasse o ensino para as crianças já que a maioria das crianças e dos trabalhadores adultos nas minas não sabia ler nem escrever. Aqui, lembrei de um programa para a eliminação do trabalho infantil de iniciativa da OIT (Organização Internacional do Trabalho), em que trabalhei com meus alunos da 3ª série, em 2003. Nesse material distribuído mostra a realidade do trabalho infantil produzido no Brasil e no mundo, trazendo atividades diversas e interessantes de serem trabalhadas com alunos de ensino fundamental. Foi um trabalho bem interessante de realizar! Na França, a burguesia declarava inviolável o velho e odioso sistema tributário através da lei do imposto do vinho e procurava através da lei do ensino assegurar as massas o velho estado de espírito conformista. Novo parêntese: ?espírito conformista? me lembrou que nós, profissionais da educação brasileira, quase que todos, cabemos nessa afirmativa.
Segundo Marx e Engels, a ciência deverá ser, não só acessível para todos como também ser livre de pressão governamental, forças ideológicas e prejuízos de classe e assim, os cientistas serão agentes livres de espírito. Os homens serão completos, desenvolvidos em todos os sentidos e não conhecerão apenas uma linha que é parte da produção total. Desta forma, a sociedade organizada segundo o modo comunista, dará a seus membros, oportunidade para desenvolverem tanto os seus sentidos como suas aptidões, desaparecerão então toda a diferença de classe.
Penso que seria importante que fizéssemos uma boa reflexão a partir das idéias marxistas, pois nos permitiria uma melhor idealização/realização da educação brasileira. Quem sabe nosso trabalho pedagógico sofreria um considerável aumento de qualidade e possibilidades!Questões formuladas relacionando o texto lido com a realidade de nossas escolas.


1) Até que ponto nossas escolas têm a preocupação de formar homens completos?

2) Através de nossa prática estamos assegurando aos nossos alunos o velho estado de espírito conformista ou o espírito crítico, questionador, que faz relações e constrói o seu próprio entendimento?

3) Porque nós, profissionais da educação, em todo o nosso país, não conseguimos fazer acontecer essa educação progressista idealizada e pensada por Marx, emancipadora, mais justa e democrática, conforme Paulo Freire, que permita um hoje melhor para nosso aluno, inserindo-nos numa sociedade mais justa?



sábado, janeiro 06, 2007


ENSAIO FINAL DO GRUPO H

O Sistema de Ensino no Brasil, em nossa opinião é um emanharado de projetos, leis, programas, parcerias que tentam dentro das suas possibilidades e conveniências, possibilitar uma boa educação. Nosso trabalho tem por objetivo examinar um pouco mais atentamente essas redes e notar como cada uma delas nos atinge mais especialmente no nosso cotidiano.
Refletindo sobre o artigo de J. A Akkari e visitando os sites indicados, tivemos a mesma impressão e posicionamento parecido em relação às desigualdades educativas brasileiras. Por que há tantas disparidades entre a rede pública e a privada? E quais os motivos que levam até mesmo na rede pública, o estado e o município não terem um diálogo e uma postura semelhante?Lembramos que num tempo, não muito distante quem freqüentava escolas públicas tinha certo status de inteligência, agora o ensino público ficou relegado a uma categoria inferior, o que tem valor é o ensino privado. Não nos sentimos profissionalmente nem um pouco inferiores às colegas que trabalham em escolas particulares e nem o nosso ensino é de baixa qualidade, o que difere são as estruturas físicas e a falta de recursos humanos e pedagógicos, pois a cada ano as verbas destinadas estão cada vez menores ou cada vez mais desviadas e desatualizadas frente à realidade econômica brasileira.
Não existe a devida valorização pela categoria dos profissionais de educação neste país. Não nos referimos apenas à valorização financeira, nos referimos à valorização como profissionais que somos. Isso é um ponto muito importante na desigualdade entre a rede pública e a privada, já que esta última prima pela capacitação continuada de seus docentes, enquanto na rede privada, e especificamos mais a rede estadual, o baixo salário força seus docentes a uma carga horária desumana para tentar uma capacitação ou então fazer toda força possível para assegurar oportunidades como a que vivemos.
Está faltando uma política educacional que embora respeite as características e a regionalidade de cada parte do país, possa ter uma unificação e um senso comum.

GRUPO H: Andréia Mengue Carlos
Liziani Scheffer Evaldt
Patrícia Pereira Lippert


:: ECS 9 Versão Reformulada- Letras E e H


O Ensino e a Educação da Classe Trabalhadora

Segundo Karl Marx, em seu livro ?A força de trabalho? relata o homem comparado a máquina, já que com o tempo serão substituídos por seus próprios filhos, perpetuando a raça dos trabalhadores.
Em seu livro ?O Capital?, aborda o sistema de domínio industrial por volta de 1860, no qual os proletariados são submissos aos burgueses, donos das suas próprias industrias de carvão, que reivindicavam lei que torna o ensino obrigatório para as crianças, no qual trabalham nas fábricas. Avaliando o pensamento das classes burguesas, analisado por Marx e Engels, dependendo do grau de dificuldade da tarefa e o tempo para a formação do trabalhador, se menos tempo é exigido, menor é o valor agregado, conseqüentemente a mão de obra torna-se barata. Situam as condições de classe trabalhadora inglesa, no seu texto, e referencia também a francesa, berços da industrialização. Apontam questões religiosas-morais que pregam uma submissão ao modelo burguês de pensamento, tanto do trabalho quanto da distribuição social, das categorias sociais melhor dizendo.
A educação das massas de trabalhadores prevê que se saiba ler e escrever, quando muito. Existência de trabalho infantil nas indústrias, levando assim ao abandono da escola. Marx faz duras críticas sobre estas condições e sobre o descaso total da burguesia sobre tais aspectos. Salienta ainda que o descaso é tão grande que não é subjetivo, na realidade ele é declarado. Considera a burguesia negligente, cruel, estúpida e limitada, sociedade contraditória, pois quem movimenta o processo produtivo(empregado) não é valorizado, e o mais grave, tratado como membro de uma engrenagem dos donos dos meios de produção, no qual o grupo forma uma única maquina, sendo que um membro pode ser substituído devido a improdutividade.
Baseado nos fotos citados no parágrafo interior e relacionando com a realidade atual, constatamos que nossas escolas embora com dificuldades, apresentam um baixo índice de evasão escolar. Sentimos necessidade de citar a contribuição do governo federal na implantação do projeto Bolsa ? Família, onde a família tem o dever de manter a freqüência escolar de seus filhos, garantindo assim o benefício oferecido. Por outro lado, o quê mais nos entretece como educadoras é ver a preocupação dos pais simplesmente em manter os filhos na escola, visando garantir o auxílio, não valorizando o crescimento intelectual da criança.
A formação intelectual, as questões de salário, as condições de vida e a educação moral seguem estes princípios burgueses nas suas estruturações até nos dias atuais.
A indústria moderna facilitando os processos produtivos, também o abandono do campo, das atividades agrícolas e pastoris, agravou as situações nas cidades. Contudo a mão de obra foi barateada devido ao grande número de pessoas à procura de emprego.
Engels revela em sua pesquisa das realidades nas sociedades industriais, que a documentação sobre educação e formação de trabalhadores, inclusive o conteúdo não oficial, é pouca e a que existe não está de acordo com o que se vê na prática. A chamada "educação técnica da juventude" é descuidada, nas escolas profissionalizantes o que acontece é uma espécie de "centros de reeducação" para crianças abandonadas. As escolas voltadas para a promoção de operários não possuem reconhecimento e as que desenvolvem atividades com o passar do tempo tornam-se rotineiras e acomodadas. Menciona na sua análise, referência aos movimentos que estão acontecendo na Rússia, tomada por uma crise histórica sem precedentes. Lá acontecem atos públicos de estudantes frente às discriminações recebidas por estudantes que eram privados ao acesso ao ensino superior. Ocorreu o fechamento da Universidade de São Petersburgo, os estudantes foram presos ou exilados, muitos levados à Sibéria como represaria política e cassação aos direitos. Os jovens russos assumiram as idéias socialistas e foram os principais responsáveis pelos movimentos que se deram. O governo então passa também a proibir acesso dos estudantes às funções públicas nas cidades.
"No capitalismo, só é produtivo o trabalhador que produz mais valia para o capitalista." (Marx)

No contexto Engls critica as novas bases da ?escola do futuro?, idealizada pelo Sr. Duhring, que se considerava um visionário da reforma social.Contudo, essa escola do futuro é a mesma escola prussiana aperfeiçoada, assegurando uma educação formal técnica sem aplicações para pràticas futuras, nem primando pela formação de homens completos.
Vemos, assim, que as idéias de Marx e Engls ainda fazem parte de nosso cotidiano, pois o tempo passou, mas em muitos aspectos a sociedade ainda não superou o pensamento burguês.


Perguntas:
1) Por que Karl Marx comparava a mão de obra do operário com uma máquina industrial?
2) O trabalho escravo das crianças é comum na nossa sociedade capitalista. A lei as defende, embora não seja cumprida. Na sua opinião o quê deve ser feito para assegurar a essas crianças o direito a educação e a uma vida mais digna?
3) Como poderíamos contribuir para que os pensamentos de Marx e Engls fossem inseridos em nossa prática atual?
Componentes:
Simone Lentz, Simone Lumertz, Renata, Catiane, Cleide, Cristiane Mengue, Cristiana Selau, Rosimeri, Schirlei. Patrícia Lipert, Andréia Carlos e Liziane.


:: Tempo de Revisar ...


Pessoal!
Até dia 12 de janeiro é tempo de colocar em dia as atividades em atraso. É possível também, para aqueles que desejarem, melhorar alguma atividade já feita. Nesse caso, não deletem o post inicial, mas façam um outro, especificando a atividade e colocando ao lado uma indicação (refazendo ECS..., ou melhorando ECS... ou ...). Para orientação, publiquei a tabela de acompanhamento das atividades. Qualquer dúvida entrem em contato.
Bom trabalho a tod@s!
Mara N Silva



quarta-feira, janeiro 03, 2007

:: ESC 11- Ensaio Final Grupo G







Observa-se um grande avanço nas estruturas educacionais do Brasil, mas é claro que está longe de atender realmente as necessidades da classe menos favorecida. Muitos debates e linhas de atuações por parte dos governos são realizados durante suas gestões, algo de bom acredito que sempre fica mas os resultados negativos parecem que são maiores. Percebe-se que entra governo e sai governo e suas marcas de destruição ficam por um bom tempo. Boa vontade todos têem mas acabam deixando-se levar por interesses das classes dominantes por isso todos que entram, apresentam um lindo discurso e na prática acababam cometendo os mesmos erros e deixando a educação numa situação mais caótica. Garcia (1999) estima que o governo Cardoso abandonou a forma tradicional de colaboração com os estados e as municipalidades para adotar uma postura tecnocrática agressiva que pode prejudicar a educação no país inteiro. Hoje vivemos uma história com o governo Lula que é preocupante com o sistema de esmola implantado com bolsa escola, bolsa família, vale gás, a intenção é assegurar a permananência do aluno na escola, mas e a qualidade deste tempo? Segundo o próprio Garcia (1999) o problema é a repetência e não a permanência na escola. Como se comportará no futuro esta geração que está aprendendo a viver de esmolas e não de luta por condições e oportunidades de um trabalho digno que lhes permita sustentar-se a si e sua família? A fome precisa ser atacada urgentemente, ninguém consegue estudar com estômago vazio. Mas criar uma dependência do que o governo pode doar em troca de votos é ao nosso ver mais desumano do que a fome porque mata no ser qualquer iniciativa de lutar por algo melhor para sua vida.


:: Ecs 11 / Educação escolar e políticas públicas no Brasil.


Integrantes do grupo formados através da letra "c"

Edivan Machado de Oliveira
Vanícia Behenck Hendler
Elaine Maria Chaves Menger
Eliane Klein Vieira

Educação e Sociedade

A educação no Brasil, desde o momento em que aqui começaram as primeiras formações comunitárias sob o domínio dos colonizadores, sempre foi tratada de acordo com os interesses daqueles e para aqueles que de alguma forma tinham ou têm privilégios.Passando rapidamente por nossa história, já no século XVI, a educação aqui implantada objetivava o catequização dos índios, sendo atrelada às verdades da igreja, visando estudos teológicos, o que era totalmente o oposto daquilo que se vivia na ótica renascentista que lutava pelo ensino laico e a formação de pessoas para o mundo da industrialização.
Durante o império, a educação era elementar e para os poucos nobres. Aqueles que queriam uma formação melhor, precisavam busca-la fora do país. Nessa época, com a vinda da família real, fundaram-se algumas instituições de educação e cultura, como por exemplo a Biblioteca do Rio de Janeiro e a primeira universidade brasileira.
Em 1830, criou-se a primeira escola para a formação de professores no Brasil. Era particular e poucos tinham acesso. O ensino em geral era muito técnico, podendo ser comparado à uma formação elementar e de baixa qualidade.FORMAÇÃO PARA O TRABALHO . Já na República, que "nasce" sob a égide de militar positivista, continua-se a valorizar a formação técnica para o trabalho, visando às classes trabalhadoras. Era uma formação para o trabalho mecânico e repetitivo e a educação para os filhos da nobreza latifundiária.
Isso permanece até que, na década de 60, surge, mesmo que com várias falhas, a primeira LDB e também uma lei regulamentando o ensino superior no país.Inicia-se então a ditadura militar, período em que a formação integral do cidadão crítico não é valorizada, sendo até rejeitada. O objetivo maior era formar mão-de-obra para a crescente industrialização que começava a ser implantada no país e manter as pessoas alienadas.Percebe-se, por tanto, que todo o processo de regulamentação da educação brasileira foi feito de acordo com interesses da classe política e oligárquica, tendo como agravante o atraso em relação às nações mais desenvolvidas.
Isso tudo fez com que o acesso e permanência na escola se tornasse um processo de elitização, de manutenção do "estatus quo", uma constante luta de classes. Assim , o processo de concentração de renda foi sendo cada vez mais agravado.
Até hoje vivemos numa política de educação voltada para outros interesses, sejam econômicos e/ou religiosos e não direcionados a uma educação que liberte o ser humano.Pode- se dizer que a Constituição brasileira garante a todos os cidadãos o direito à educação. Estes direitos, porém, não são respeitados. Existe lá o direito à moradia, à educação, ao trabalho, ao lazer? Numa sociedade de mercado, numa lógica de globalização, os direitos ainda não saíram do papel.O direito de estudar está ali, mas não há condições de vida para que a pessoa possa estudar. É como o direito de ir para o exterior; cada um tem, teoricamente, esta liberdade. Mas faltam condições para estar na escola. Falta alimentação, moradia, saúde, que são as condições mínimas para aprender. Como trabalhamos em redes, pública ou privada, municipal, estadual, etc; É necessário que exista um suporte de políticas públicas. São 400 anos de escolas no Brasil. E para fazer esta transformação não adianta colocar uma roupa nova numa estrutura velha. A escola tem que fazer uma opção; É evidente que se deve partir da utopia da esperança de que é possível uma outra escola, assim como é possível um outro mundo, uma outra sociedade. Não vamos construir uma sociedade diferente se não trabalharmos na perspectiva de um mundo de idéias também diferentes e de novas possibilidades.É claro que uma transformação vai provocar conflitos. Mas a escola tem exatamente este papel de provocar confronto de idéias e aspirações para que daí surja o novo. Portanto, a escola tem que trabalhar com os conflitos, tem que "tumultuar", tem que ser um centro de debate público e permanente. Só assim ela vai encontrar o seu lugar e a sua contribuição neste processo de construção da nova sociedade.
Nós todos sabemos que temos uma escola no Brasil que apresenta vários problemas: o da qualidade de ensino, o da evasão, o baixo salário do professor, a falta de recurso na sala de aula. Sabemos que a escola mudou muito ao longo dos anos. E o professor continua recebendo uma formação elitista, como se fosse para uma escola de trinta anos atrás. No entanto, hoje a escola tornou-se democratizada, e o professor não está preparado para isso. Diante disso o professor fica absolutamente sem saber o que fazer. Portanto, as políticas públicas nas faculdades de educação, precisam de uma reforma urgente.Por outro lado, a escola também é um lugar muito fechado, não aceita a opinião dos alunos nem dos pais. Ela funciona como se fosse um local onde pudesse ser resolvidas as grandes contradições do século XXI, como se pudesse resolver isso sozinha e ela não pode fazer isso.A escola hoje tem um papel diferente da que tinha a vinte, trinta anos, porque o modelo da família mudou. Antes a família era quem dava os princípios básicos da socialização. Agora, essa tarefa está sendo da escola, que além de educar e de socializar, é o lugar onde os educandos vão receber os princípios de cidadania.
O professor deve ser valorizado e bem remunerado, pois trabalha de quarenta a sessenta horas semanais. A sociedade precisa perceber que todas as pessoas passam "pelas mãos de um professor" para chegar à graduação, desde o curso mais simples ao mais complexo.O país para ser democrático deve investir em educação, valorizar os profissionais para tornar um ambiente agradável, pois dessa forma terá um ensino de qualidade.
A educação brasileira precisa melhorar e muito para que avance em prol de uma verdadeira cidadania.A escola pública está enfrentando situações alarmantes. Falta de recursos como materiais didáticos, inclusive recursos humanos: professores e funcionários. Existe uma desigualdade muito grande no sistema educacional brasileiro e isso torna a escola uma reprodutora das desigualdades sociais. Isso é evidente quando comparamos a escola pública dos estados da região sul com os estados da região norte, por exemplo, em que a precariedade das escolas nordestinas está muito aquém do básico necessário a uma boa aprendizagem. A infra-estrutura é péssima, sem contar os baixos salários pagos aos professores. Apesar de sabermos que há alguns anos era pior, hoje já conquistamos muitas coisas.
Portanto, deu para ver que este é um assunto bastante polêmico, que vem sendo um problema cada vez maior, e quase sem saída.É de interesse dos políticos que a população seja analfabeta ou com baixa escolaridade, que não desenvolva a arte de pensar, para que possa ser manipulado com mais facilidade.A educação faz parte da política só na época de campanha, nos discursos, porque na prática ela vem em último lugar, sendo vista como gastos, despesas, e não como um investimento, por parte dos poderes públicos.
Depende da política educativa desenvolvida no plano Municipal, Estadual e Federal, para que se tenha uma boa ou má Educação nas redes públicas.Enquanto este plano para uma boa educação não acontece, nós continuamos a mercê dos poderes públicos, já que não sabemos fazer uso da única arma que temos (voto).É lamentavel que este seje o quadro apresentado no Brasil, uma educação com tantas diferenças, com tantas desigualdasdes, com tantas exclusões, e o que nos resta é o descaso, onde é preferível gastar com a manutenção de menor na FEBEM do que investir na prevenção.