segunda-feira, dezembro 04, 2006

:: ECS 9


Grupo A
Cristiane Sebastião Scheffer
Jucimara J. Scheffer Medeiros
Jaqueline Schutz Pereira
Joseide
Josiana Lippert Moraes
Maria de Lurdes
Marli

Sistema de Ensino e Divisão do Trabalho - versão final
As estruturas sociais e a própria organização do Estado estão diretamente ligadas ao funcionamento do capitalismo. Por isso, para o pensador Marx, a idéia de revolução deve implicar mudanças radicais e globais, que rompam com todos os instrumentos de dominação da burguesia.
Um aspecto importante do pensamento de Marx, foi ter abordado as relações capitalistas como fenômeno histórico, mutável e contraditório, trazendo dentro de si impulsos de ruptura. Um desses impulsos resulta do processo de alienação a que o trabalhador é submetido. Por causa da divisão do trabalho característica da economia industrial, em que cada um realiza apenas uma pequena etapa da produção, o empregado se aliena do processo como um todo.
Além disso, o retorno da produção de cada homem é uma quantia de dinheiro que, por sua vez, será trocada por produtos de que ele necessita. O comércio, para Marx, se constituiria de troca em que tudo do trabalho ao dinheiro, das maquinas ao salário tem valor de mercadoria, numa progressão multiplicadora do aspecto alienante.
Por outro lado, esse processo se dá a custa de concentração da propriedade por aqueles que empregam a mão-de-obra em troca de salário. As necessidades dos trabalhadores os levarão a buscar produtos que são propriedade de outros. Isso os pressiona a querer romper com a própria alienação.
Combater a alienação e a desumanização era, para Marx, a função social da educação. Para isso seria necessário aprender competências que são indispensáveis para a compreensão do mundo físico e social. O filósofo alertava para o risco de a escola ensinar conteúdos sujeitos a interpretações de "partido ou de classe". Ele valorizava a gratuidade da educação, mas não o atrelamento a políticas de Estado, o que equivaleria a subordinar o ensino à religião. Marx via na instrução das fábricas, criada pelo capitalismo, qualidades a ser aproveitadas para um ensino transformador, principalmente o rigor com que encarava o aprendizado para o trabalho. O mais importante, no entanto, seria ir contra a tendência "profissionalizante", que levava as escolas industriais a ensinar apenas o estritamente necessário para o exercício de determinada função. Marx entendia que a educação deveria ser ao mesmo tempo intelectual, física e técnica. Essa concepção, chamada de "onilateral" (múltipla), difere da visão de educação "integral" porque esta tem uma conotação moral e afetiva que, para Marx, não deveria ser trabalhada pela escola, mas por "outros adultos". O filósofo não chegou a fazer uma análise profunda da educação com base na teoria que ajudou a criar. Isso ficou para alguns dos seus seguidores
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