quarta-feira, dezembro 20, 2006

:: Atividade da ECS 9-aprimorado....


COMPONENTES:
Edivan Machado
Elenice Hahn
Eliane Vieira
Vanícia Behenck
Tânea
Elaine Menger

Escola, cultura e sociedade-Atividade 9

Síntese: Ensino, Ciência e Ideologia

Engels critica, num determinado contexto e tempo às universidades, especialmente as Austríacas, porquê muitos métodos de ensino, praticados pelos mesmos, utilizavam materiais que sabiam serem inadequados, mas que suponhavam considerarem adequadas, isto é, ensinavam a escreverem coisas que eles mesmos deviam saber que eram falsas, porém se suponhava serem consideradas corretas.
No entanto, o autor aponta que de acordo com a visão dominante da época o domínio do conhecimento era dividido em três grandes grupos. A primeira abrangia todas as ciências que se ocupam da natureza inanimada e que são mais ou menos susceptíveis de ser tratada matematicamente: matemática, astronomia, mecânica, física e química; reconhecidas como verdades eternas e definidas como ciências exatas.
Contudo, abriu-se um caminho para as controvérsias, onde a legitimidade absoluta em que se encontrava tudo o que era matemático, foi atacada. Numa demonstração de saberes humanos, que desenvolvem matematicamente o conhecimento, utilizando o cálculo diferencial ou integral não por saberem o que fazem, mas sim por fé pura. Já que, os resultados foram sempre exatos. Pelo menos é o que Engels diz ter vivenciado na sua época para conseguir construir essa conclusão.
Assim sendo, as verdades definidas em última análise tornaram-se, com o tempo, estranhamente raras. É o caso da astronomia e da Mecânica, da Física e da Química, ou ainda, a safra de verdades definitivas teria exigido, no contexto histórico presenciado por Engels, um enorme esforço para serem compreendidas, devido a sua extrema pobreza de domínio do conhecimento. Nesta situação, enquadra-se a Geologia.
A segunda classe de ciência é a que engloba o estudo dos organismos vivos, como exemplo: A Biologia. Assim, segundo o autor, quem pretender instituir neste campo verdades imutáveis, estará cometendo vulgaridades, porque cada questão analisada e resolvida suscita uma quantidade inumerável de novas questões, como também, cada questão individual só pode ser resolvida, por meio de uma série de pesquisas que exigem, muitas vezes séculos. Mas o que acaba acontecendo, no mesmo, é uma constituição de hipóteses que, em última análise acabam tornando-se verdades definitivas.
Mas as coisas estão, ainda pior, segundo as investigações de Engels, para as verdades eternas do terceiro grupo de ciências, as Ciências Históricas, que estudam as condições de vida dos homens e as formas do Direito e do Estado com as suas superestruturas ideais, baseadas na filosofia, na religião, na arte, etc. Naturalmente, neste campo a repetição de situações constitui exceção e não regra. E mesmo, quando tais repetições ocorrem, nunca se produzem exatamente nas mesmas condições. É por isso que o domínio dessa ciência, só se consegue conhecer, a partir do momento em que ocorre um encadeamento íntimo das formas de existência sociais e políticas de um período, que só se verifica normalmente quando estão a caminho do declino. No entanto, procurar verdades absolutas neste domínio é caçar vulgaridades, diz Engels. Mesmo que nele, encontramos com maior freqüência as verdades ditas eternas. Pois, neste caso o conhecimento se limita a compreender o encadeamento e as conseqüências de certas formas de sociedade e estado, só existente em determinado tempo e em determinados povos e transitórios por natureza.
Poderíamos mencionar, conforme o estudo do autor, ainda, as ciências que estudam as leis do pensamento humano: a lógica e a dialética. Mas, aí também as perspectivas não seriam melhores para as verdades eternas.
Portanto, apesar de todas as críticas referentes ao nível de conhecimento dos que nos precederam. Compreende-se nos dias de hoje que, nossa geração possui uma enorme massa de noções e impõe uma enormíssima especialização de estudos a quem pretender tornar-se perito em um dos ramos. Desde que, não procure aplicar o critério de uma verdade autêntica, imutável, definitiva em última análise.
Há conhecimentos que pela sua própria natureza, devem permanecer relativos durante muitas gerações e completam-se pouco a pouco. As modernas ciências naturais são as únicas que alcançaram um desenvolvimento sistemático e completo. Elas datam uma grande época que, os alemães chamam de Reforma e uma emancipação relativa à teologia. A tarefa principal no período das Ciências naturais consistia em dominar o material que se tinha à mão. Resumindo-se em Euclides, Ptolomeu, no legado dos Árabes, nos rudimentos da Álgebra, nos números modernos e na Alquimia. Mas, grandes realizações foram conseguidas no domínio da mecânica e dos corpos terrestres e celestes e, ao mesmo tempo, com a descoberta e o aperfeiçoamento dos métodos matemáticos, levando a ciência a atingir o seu auge, através do estabelecimento dos métodos matemáticos mais importantes, como a: geometria analítica, os logaritmos, os cálculos diferencial e integral, à mecânica dos corpos sólidos, a astronomia do sistema solar e as leis do movimento planetário. Na física, a ótica conseguiu realizações extraordinárias, impulsionada pelas necessidades práticas da astronomia. Na biologia, graças a Lineu, alcançou-se uma estruturação relativamente acabada na botânica e na zoologia. Na química, acabava de ocorrer à libertação da alquimia, graças à teoria de Flogisto. Na geologia, ainda não havia conseguido resultados relevantes e significativos.
Mas, o que, sobretudo, caracteriza esse período é a elaboração de uma peculiar concepção do mundo, na qual o ponto de vista mais importante é a idéia de imutabilidade absoluta da natureza.Segundo essa idéia, a natureza, independentemente da forma em que houvesse nascido, uma vez presente, permaneceria sempre imutável, enquanto existisse. Em oposição à história da humanidade. Negava-se toda transformação, todo desenvolvimento na natureza, ela continuaria sendo como fora no início e na qual, tudo devia continuar eternamente. A ciência achava-se ainda, profundamente imersa na teologia. Em toda parte procurava e encontrava como causa primária uns impulsos exteriores, que não se devia à própria natureza. A idéia geral mais elevada, alcançada pelas ciências naturais do período considerado, é a da congruência da ordem estabelecida na natureza (quase que uma espécie da cadeia alimentar).
Não esqueçamos que, embora os progressos da ciência abrissem numerosas brechas nessa caduca concepção da natureza, toda a primeira metade do século XIX se encontrou, apesar de tudo, sob a sua influência; em essência, ainda hoje ela continua a ser ensinada em todas as escolas.

Síntese - Karl Marx:

Questões referentes à síntese do texto de Karl Marx:

1) Com base nas ciências históricas do terceiro grupo das verdades eternas, as situações constituem exceção e não regra. Na sua opinião, a pedagogia que envolve a aprendizagem educacional, possui uma regra especifica?

2) Conforme o texto de Karl Marx, é ressaltado que nos dia de hoje, nossa geração possui uma enorme massa de noções e especializações. No seu ponto de vista, a educação vem progredindo e acompanhando o mesmo desenvolvimento da nossa geração?

3) No período das ciências naturais se acreditava que a natureza era imutável, ou seja, a natureza permanecia sempre igual, enquanto existisse. Contudo, tu acreditas que a educação também seja imutável?


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