quinta-feira, novembro 23, 2006

:: ECS 9


Trabalho em Grupo: D e G
Educação, Trabalho Infantil e Feminino
É repulsivo que em alguma época, tenha sido considerado legítimo e saudável o trabalho de crianças e adolescentes (aquele que quer comer tem de trabalhar, não só com seu cérebro, mas também com as suas mãos.).
As crianças a partir dos 9 anos de idade, eram conduzidas ao trabalho por seus próprios pais e não havia defesa de seus direitos. A realidade mostrada por Marx e Engels da exploração do trabalho infantil, criou-se com o surgimento do capitalismo que não media esforços para que cada vez mais a burguesia conseguisse mais lucros e encontrasse nas crianças e mulheres da classe operária um alvo fácil de exploração, pois eram demasiadamente ignorantes para compreender o verdadeiro interesse de seus filhos. Em vista desta realidade, surge na sociedade pessoas como Marx e Engels para combater essas injustiças, porém hoje ainda são vistas com grande relevância em nossa sociedade. Segundo dados da OTI (Organização Internacional do Trabalho) cerca de 250 milhões de crianças trabalham em todo o mundo. Pelo menos 120 milhões de crianças entre 5 e 14 anos de idade trabalham em tempo integral. O restantes combinam trabalho com os estudos e com outras atividades não-econômicas.
Essas exercem trabalhos perigosos, abusivos e exploradores: na indústria, na agricultura, em casa, exercendo algumas vezes trabalhos escravos e a prostituição infantil.
Talvez uma forma de descrever o trabalho infantil seja pelas marcas que deixa na vida de crianças e jovens que a ele são submetidas. Para essas pessoas, a sina diária é trabalhar sob qualquer condição, enfrentar cansaço, fome, as vezes mutilação, abandono. Nada de livros, cadernos, lápis de cor, brincadeiras ou sonhos. Nada de aprender a ler e escrever, a ver o mundo em sua volta... essas crianças e jovens nunca ouvem o sinal do recreio. A merenda, quando há, é comida ali mesmo, no meio da fuligem, rapidamente, pois não se podem perder tempo. Ficam proibidos os risos, molecadas e algazarras.
O importante é produzir, trocar o que produziu por quase nada e recomeçar tudo no outro dia sem direito a ter direitos, mesmo os mais fundamentais! Aprender, brincar, ter férias, descansar... em vez de serem preparadas para segurar o lápis, desenhar, pintar, recortar e colar, suas mãos carregam pás, enxadas, foices, desproporcionais a sua força.
Para combater o trabalho infantil, porém, não basta conhecer as causas: é preciso conhecer sua extensão, localização, características.
De acordo com as idéias expressas no texto, o trabalho infantil era e ainda é encontrado em nossa sociedade. Acreditamos que uma das maiores causas seja a pobreza, a necessidade de garantir o básico, a alimentação, para si e seus familiares. Muitas crianças trabalham e se tornam a única fonte de renda da família, substitui pais ausentes, ignorantes a todo o progresso necessário a seus filhos.
Ainda há quem procure justificar a necessidade do trabalho infantil:
"Criança que trabalha fica mais esperta, aprende a lutar pela vida e tem condições de vencer profissionalmente quando adulta"
Criou-se uma lei "ilusória", que dizia que crianças deveriam permanecer encerradas por um determinado número de horas, em um local chamado escola. Depois a lei fabril inglesa foi criada para que os pais enviassem seus filhos menores de 14 anos às fábricas, sem enviá-los ao mesmo tempo a escola primária. O fabricante era responsável pela observação da lei.
O estado assume então a responsabilidade da educação e as indústrias passam a exigir de seus indefesos trabalhadores a freqüência escolar. Começa a surgir um sistema de educação fragmentado e a serviço do capital que se prolonga até os dias de hoje.
Marx e Engels, apesar de não serem pedagogos e não escreverem especificamente sobre educação, contribuíram de maneira significativa para que até hoje continuemos a repensar em nossa prática pedagógica, até que ponto está a serviço realmente do ser humano, contribuindo para seu crescimento de maneira integral ou apenas reproduzindo seres a serviço do engrandecimento da classe mais abastada. A luta contra o exagero do trabalho na infância, trouxe um outro exagero a algum tempo, crianças completamente sem limites, sem obrigações, sem cobranças, com muitos direitos e quase nada de deveres. Uma nova postura dos pais, professores, psicólogos, orientadores e do próprio Conselho Tutelar, está tentando colocar um meio termo a esta situação.
Hoje, os direitos e deveres da criança e do adolescente estão assegurados em um estatuto: o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente.
O ECA especifica os direitos da criança e do adolescente no que se diz respeito à vida e saúde, a liberdade, respeito e dignidade, a educação, cultura, esporte e lazer e a profissionalização e proteção no trabalho.
Enfim, o trabalho precoce interfere negativamente na escolarização das crianças, seja provocando múltiplas repetências, seja empurrando-as para fora da escola, fenômeno relacionado diretamente à renda familiar. Assim crianças e adolescentes trabalham mais e estudam menos.
Mas o que podemos fazer para modificar esta realidade?
Depois de várias reformas em leis, em 1867 uma nova lei regulamenta as grandes e pequenas indústrias. Estabelecendo multa para os pais e donos de oficinas que empregassem crianças, adolescentes e mulheres. Não tendo funcionado também, por abertura de exceções, compromissos com os capitalistas e falta de cobranças pelas autoridades locais, assim crianças, adolescentes e mulheres continuaram sendo explorados até os dias de hoje.
De acordo com ENGELS na "Carta a Gertrud Guillaume-Schack" (1885), "a mulher necessita de mais proteção contra a exploração capitalista e que uma verdadeira igualdade de direitos entre homens e mulheres só poderá ser verdadeira quando se tiver eliminado a exploração capitalista sobre ambos e o trabalho doméstico privado seja convertido em indústria pública".
Ainda segundo ENGELS, em "A Origem da Família da Propriedade Privada e do Estado", "na família, o homem é o burguês e a mulher representa o proletário".
O caráter particular do predomínio do homem sobre a mulher, na família moderna, assim como uma igualdade social entre ambos, não se manifestarão, enquanto homem e mulher não tiverem direitos absolutamente iguais.
Vale ressaltar também o trabalho feminino, que com base em dados nos anos 90, a participação das mulheres no mercado de trabalho pode ser vista como em dois pólos opostos de atividade. Do primeiro, que abriga as ocupações de má qualidade quanto aos níveis de rendimento, formalização das relações e proteção no trabalho, foi selecionado como objeto de estudo o emprego doméstico, que sempre o caracterizaram, como as longas jornadas de trabalho, os baixíssimos níveis de rendimento e de formalização, embora em relação a esses dois últimos aspectos haja alguns sinais promissores de mudanças.
Do segundo pólo, composto por boas ocupações, caracterizadas por níveis mais elevados de formalização, de rendimentos e de proteção, é selecionado algumas carreiras universitárias, como a Engenharia, a Arquitetura, a Medicina, a Enfermagem, o Magistério, e o Direito. Os dados revelaram que as mulheres que ingressaram nessas profissões são mais jovens do que seus colegas. No mais, seu perfil de inserção ocupacional é muito assemelhado ao dos homens, exceção feita aos rendimentos. Seguindo um padrão de gênero encontrado no mercado de trabalho, os ganhos femininos são sempre inferiores aos masculinos.
A expansão da escolaridade das mulheres e, em conseqüência, em seu ingresso maciço no ensino de 3º grau em uma gama mais ampla de carreiras universitárias, foi e é motivo da expansão feminina nos diversos segmentos de atividades profissionais, consideradas de nível mais alto.
Porém o emprego doméstico é um dos maiores guetos femininos, pois trata-se de uma ocupação na qual mais de 90% dos trabalhadores são mulheres, muitas delas professoras.
Fazendo relação do texto lido com a realidade escolar, o que podemos dizer é que hoje ainda temos crianças e mulheres que trabalham e são exploradas pela família.
Outro fato muito comum em nossa realidade são as mães "chefes" da casa, que deixam os filhos para trabalhar, enquanto os homens ficam nos bares bebendo, esperando que elas lhes tragam dinheiro. Dentro desta situação há ainda a exploração dos filhos mais velhos, que devem cuidar dos pequenos, fazendo todo o serviço da casa e ainda tendo que dar conta dos estudos na escola.
Na atual sociedade é necessidade incontestável que haja uma transformação radical na maneira de agir e de pensar quanto ao dominador e o dominado e que apesar do tempo as idéias destes pensadores ainda são problemas para serem resolvidos.

Letra D:
Débora, Dulce, Edinara, Simone Mengue, Tamires.
Letra G:
Aline, Carem, Maria Aparecida, Maria Cristina, Maria Elisete, Marisete .


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