segunda-feira, novembro 27, 2006

:: ECS 9 - Educação, formação e trabalho


Grupo F: Andreia Borges, Carine e Patrícia Barbosa
Versão final

Educação, formação e trabalho

Marx e Engels não se deteram em escrever algo diretamente à educação. Percebemos que as suas preocupações se detinham diretamente numa orientação política, pois suas preocupações eram de natureza político social. Para ele a vida social é determinada pela economia, ou melhor, condicionada pela relação de produção, isto é, poder econômico x trabalho.
Percebe que o capitalismo é que produz as desigualdades sociais. Os proprietários e não proprietários. As classes sociais se contrapõem entre si. Uma dominante, ao deter a propriedade dos meios de produção material, controla os meios de produção mental, impondo deste modo as idéias.
Quando surgiu a industrialização, as diferenças sociais marcaram essa época, pois o trabalho era segmentado, ou seja, cada trabalhador tinha uma função específica e individualista. A mão de obra era exercida de forma mecanizada, onde quem detinha, de certa forma, o saber dominava o ?mecanizado?, essa divisão do trabalho, que separa o pensar do agir, gera a alienação do trabalho, tendo suas implicações nas relações de poder. Nesta sociedade o indivíduo perde a capacidade de se ver como um ser humano em sua plenitude, possibilitando mais facilmente a alienação, a conformidade. Vivem de definições parciais, provisórias, generalizando-as como verdadeiras.
No trabalho o homem se exterioriza, se expressa, cria e recria, portanto a produção de idéias, de representação, da criatividade estão diretamente entrelaçados com a atividade material. Na sociedade capitalista o trabalho é lugar que aliena o homem em si, pois transforma ele em mercadoria, que vende sua força de trabalho. Marx mostra que todas as formas de pensamento e de representação dependem diretamente das relações de produção e de trabalho.
Percebe-se a preocupação de Marx e Engels quanto a essa situação, eles procuravam, de determinada forma, levar a sociedade a refletir, num pensar dialético, na ação reflexão ação chegariam a uma consciência crítica, livrando-se assim da alienação intelectual e material. Sugere a abolição da propriedade privada que propiciará a "emancipação total de todos os sentidos e qualidades humanas" o ter é o sentido que a sociedade capitalista evidencia.
O autor nos leva a refletir sobre sua teoria na educação, permitindo a relação do contexto social com a escola. Ou seja, vemos na escola de hoje muitas atividades mecanizadas, onde o aluno não precisa pensar, não se desenvolvendo plenamente como os operários das fábricas que não precisavam refletir/elaborar sua ação, apenas repetiam sempre a mesma coisa. Observamos também, que muitas vezes, o professor acredita que detem o saber, tendo o aluno como seu "operário", não permitindo que ele evolua para que possa se "libertar" dessa sociedade fragmentada/capitalista.

Questões:
1) Como você vê a teoria de Marx e Engels na sua escola?
2) O que você pensa sobre a teoria citada?
3) Cite um exemplo de um trabalho que você tenha desenvolvido com seus alunos ou que você como aluno tenha realizado que retrata a situação apresentada por Marx de \"mecanizada\" onde não se faz necessário a reflexão para efetuar a ação.


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