Polo de Três Cachoeiras - blog colaborativo dos alun@s do PEAD / UFRGS
sábado, janeiro 06, 2007
:: ECS 9 Versão Reformulada- Letras E e H
O Ensino e a Educação da Classe Trabalhadora
Segundo Karl Marx, em seu livro ?A força de trabalho? relata o homem comparado a máquina, já que com o tempo serão substituídos por seus próprios filhos, perpetuando a raça dos trabalhadores. Em seu livro ?O Capital?, aborda o sistema de domínio industrial por volta de 1860, no qual os proletariados são submissos aos burgueses, donos das suas próprias industrias de carvão, que reivindicavam lei que torna o ensino obrigatório para as crianças, no qual trabalham nas fábricas. Avaliando o pensamento das classes burguesas, analisado por Marx e Engels, dependendo do grau de dificuldade da tarefa e o tempo para a formação do trabalhador, se menos tempo é exigido, menor é o valor agregado, conseqüentemente a mão de obra torna-se barata. Situam as condições de classe trabalhadora inglesa, no seu texto, e referencia também a francesa, berços da industrialização. Apontam questões religiosas-morais que pregam uma submissão ao modelo burguês de pensamento, tanto do trabalho quanto da distribuição social, das categorias sociais melhor dizendo. A educação das massas de trabalhadores prevê que se saiba ler e escrever, quando muito. Existência de trabalho infantil nas indústrias, levando assim ao abandono da escola. Marx faz duras críticas sobre estas condições e sobre o descaso total da burguesia sobre tais aspectos. Salienta ainda que o descaso é tão grande que não é subjetivo, na realidade ele é declarado. Considera a burguesia negligente, cruel, estúpida e limitada, sociedade contraditória, pois quem movimenta o processo produtivo(empregado) não é valorizado, e o mais grave, tratado como membro de uma engrenagem dos donos dos meios de produção, no qual o grupo forma uma única maquina, sendo que um membro pode ser substituído devido a improdutividade. Baseado nos fotos citados no parágrafo interior e relacionando com a realidade atual, constatamos que nossas escolas embora com dificuldades, apresentam um baixo índice de evasão escolar. Sentimos necessidade de citar a contribuição do governo federal na implantação do projeto Bolsa ? Família, onde a família tem o dever de manter a freqüência escolar de seus filhos, garantindo assim o benefício oferecido. Por outro lado, o quê mais nos entretece como educadoras é ver a preocupação dos pais simplesmente em manter os filhos na escola, visando garantir o auxílio, não valorizando o crescimento intelectual da criança. A formação intelectual, as questões de salário, as condições de vida e a educação moral seguem estes princípios burgueses nas suas estruturações até nos dias atuais. A indústria moderna facilitando os processos produtivos, também o abandono do campo, das atividades agrícolas e pastoris, agravou as situações nas cidades. Contudo a mão de obra foi barateada devido ao grande número de pessoas à procura de emprego. Engels revela em sua pesquisa das realidades nas sociedades industriais, que a documentação sobre educação e formação de trabalhadores, inclusive o conteúdo não oficial, é pouca e a que existe não está de acordo com o que se vê na prática. A chamada "educação técnica da juventude" é descuidada, nas escolas profissionalizantes o que acontece é uma espécie de "centros de reeducação" para crianças abandonadas. As escolas voltadas para a promoção de operários não possuem reconhecimento e as que desenvolvem atividades com o passar do tempo tornam-se rotineiras e acomodadas. Menciona na sua análise, referência aos movimentos que estão acontecendo na Rússia, tomada por uma crise histórica sem precedentes. Lá acontecem atos públicos de estudantes frente às discriminações recebidas por estudantes que eram privados ao acesso ao ensino superior. Ocorreu o fechamento da Universidade de São Petersburgo, os estudantes foram presos ou exilados, muitos levados à Sibéria como represaria política e cassação aos direitos. Os jovens russos assumiram as idéias socialistas e foram os principais responsáveis pelos movimentos que se deram. O governo então passa também a proibir acesso dos estudantes às funções públicas nas cidades. "No capitalismo, só é produtivo o trabalhador que produz mais valia para o capitalista." (Marx)
No contexto Engls critica as novas bases da ?escola do futuro?, idealizada pelo Sr. Duhring, que se considerava um visionário da reforma social.Contudo, essa escola do futuro é a mesma escola prussiana aperfeiçoada, assegurando uma educação formal técnica sem aplicações para pràticas futuras, nem primando pela formação de homens completos. Vemos, assim, que as idéias de Marx e Engls ainda fazem parte de nosso cotidiano, pois o tempo passou, mas em muitos aspectos a sociedade ainda não superou o pensamento burguês.
Perguntas: 1) Por que Karl Marx comparava a mão de obra do operário com uma máquina industrial?
2) O trabalho escravo das crianças é comum na nossa sociedade capitalista. A lei as defende, embora não seja cumprida. Na sua opinião o quê deve ser feito para assegurar a essas crianças o direito a educação e a uma vida mais digna? 3) Como poderíamos contribuir para que os pensamentos de Marx e Engls fossem inseridos em nossa prática atual?
Componentes:
Simone Lentz, Simone Lumertz, Renata, Catiane, Cleide, Cristiane Mengue, Cristiana Selau, Rosimeri, Schirlei. Patrícia Lipert, Andréia Carlos e Liziane.