quarta-feira, janeiro 10, 2007

:: Aprimoramento da ESC 9:



Componentes do Grupo B: Elizete, Elenice Magnus, Fabiana, Giselda, Josiqueli, Loiva.

Marx e Engels não se deteram em escrever algo diretamente à educação, e a maioria dos sociólogos não aceitam totalmente a perspectiva de Marx, mas sua obra incentivou pesquisas, debates e novas linhas de análise.
A intenção de Marx não era apenas contribuir com a ciência, mas propor
uma transformação político e social, onde a vida social é determinada pela economia, ou melhor, condicionada pela relação de produção, isto é, poder econômico x trabalho. Na classe econômica havia basicamente duas posições possíveis para cada pessoa: proprietário ou trabalhador. Para Marx, a posse dos meios de produção proporciona muitos benefícios, especialmente poder sobre os outros. Economicamente, o capitalismo alienou, separou o trabalhador dos seus meios de produção produzindo as desigualdades sociais.
A necessidade do ser vivo é comer e beber, mas o homem transforma a natureza, transcende para a liberdade numa ação dirigida por um projeto, existindo uma ação pelo pensamento e isso é construído pelo homem à medida que constrói a sua própria humanidade.
O trabalho estabelece a relação dialética entre a teoria e prática, pela qual uma não pode existir sem a outra: o projeto orienta a ação e esta altera o projeto, que de novo altera a ação, fazendo com que haja mudança dos procedimentos empregados, o que gera o processo histórico.
O trabalho se realiza como uma atividade coletiva, o homem em comunhão com os outros, no trabalho o ele se autoproduz, desenvolve habilidades e imaginação aprende a conhecer as formas da natureza e a desafiá-las, conhece as próprias forças e limitações. Portanto o trabalho transforma o próprio homem, altera a visão que ele tem o mundo e de si próprio. Então, a liberdade não é algo que é dado ao homem, mas o resultado de sua ação transformadora sobre o mundo.
Para Hegel o trabalho surge como uma liberdade reconquistada em que o trabalhador aprende a vencer a natureza, recuperando a liberdade onde proprietário descobre-se como dependente do trabalhador. Marx retoma de forma crítica dizendo que o objeto produzido pelo trabalho surje como um ser estranho ao produtor, não mais lhe pertencendo, é o fenômeno da alienação.
Mas não é apenas o produto que deixa de lhe pertencer, ele próprio abandona o centro de si mesmo, não escolhe o salário, não escolhe o horário nem o ritmo do trabalho e passa a ser comandado de fora, por forças estranhas a ele, e isto Marx chama de fetichismo da mercadoria em que a mercadoria adquire valor superior ao homem, pois privilegiam-se as relações entre coisas. Em conseqüência a humanização da mercadoria leva a desumanização do homem.
Politicamente o homem também se tornou alienado, pois o Estado representa e age conforme os interesses da classe dominante. Marx dizia que a divisão social do trabalho também fez com que a filosofia se tornasse a atividade de um determinado grupo, vindo refletir o pensamento de um grupo, cumprindo o papel de reproduzir ideologicamente o que é vigente(sabemos que o pensamento filosófico deveria diminuir a distância entre o que dizemos e o que somos) . Essa parcialidade e o fato de que o Estado se torna legítimo a partir dessas reflexões parciais vem reforçar que isto resulta na alienação do homem em que ele passa a ser dominado.
E a dominação nega a condição humana, toda vez que houver a renúncia de uma relação horizontal com meu semelhante, relação de domínio, nego nele a condição de homem, reduzindo-o a mera natureza., e o capitalismo gerou esta dominação.
Então, Marx diz que o homem só pode recuperar sua condição de humano através da critica radical ao sistema econômico, à política que o excluíram da participação social. O conhecimento para ele é um processo dialético entendendo a realidade como contraditória e em constante transformação. Construindo assim uma negação ao capitalismo, organizando uma revolução com base critica ao capitalismo, chegando ao comunismo.
Portanto, seguindo esta linha de pensamento a educação só pode dar-se mediante um processo pedagógico, necessariamente dialógico, não dominador, que garanta a condição de sujeito tanto do professor como do aluno.




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